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terça-feira, 14 de setembro de 2010

ETFE, o substituto do vidro

Etileno tetrafluoretileno, ou simplesmente ETFE. É um polímero (um tipo de plástico) transparente que está sendo utilizado no lugar do vidro em alguns projetos modernos. Mas por que o vidro está perdendo tanto espaço no mercado da construção civil para este material?

Bom, todos nós sabemos que a busca por materiais mais baratos e que não percam sua funcionalidade é diária. A cada dia a tecnologia transforma materiais que tem as mesmas características de outros materiais, porém com preços muito mais acessíveis. Comparado com o vidro, o ETFE transmite mais luz, isola melhor, custa de 24% a 70% menos para instalar e é 99% mais leve. Além disso, este polímero é capaz de suportar cerca de 400 vezes o seu próprio peso, pode ser esticado até três vezes seu comprimento sem que haja perca de elasticidade, tem uma superfície antiaderante que resiste a sujeira (a chuva lava a sujeira que se acumula do lado de fora) e é esperado para durar cerca de 50 anos. Por essas e outras capacidades, o ETFE é chamado de material de construção milagre.

São como almofadas (painéis que são mantidos inflados com ar seco a uma temperatura diferencial - "ele atua como um cobertor edredom", disse Lecuyer) suficientemente fortes para suportar o peso de um carro, e se furados, eles podem ser reparados com relativa facilidade. Ainda assim, um intruso poderia simplesmente cortar com uma faca, então os arquitetos não costuma usá-los ao nível do solo. "É como um envoltório de bolha muito sofisticado", disse Annette Lecuyer, um professor de arquitetura da Universidade e Buffalo.

Um exemplo da sua utilização é em painéis para cobrir a parte externa de grandes espaços como o estádio Allianz Arena (estádio do Bayern de Munique, time de futebol alemão), o Centro Aquático Nacional de Pequim (Cubo d'água dos jogos olímpicos de 2008), o Tropical Islands Resort (resort artificial  na Alemanha) e tantos outros.

Estádio Allianz Arena, Munique - Alemanha
Cubo d'água, Pequim - China
Tropical Islands Resort, Brandenburg - Alemanha
Mas, de todos os projetos feitos com esse material o Cubo d'água é o que merece maior destaque e o que mais mim impressiona. Não apenas pela sua beleza (que é algo espetacular), mas pelos números atingidos de forma impressionante. O Cubo é a maior instalação de ETFE, superando o Projeto Éden - a maior estufa do mundo, localizado em Cornwall, Inglaterra.

Projeto Éden, Cornwall - Inglaterra

No entanto, estima-se que o mesmo Cubo d'água construído com vidro teria custado o dobro por causa da estrutura de apoio extra que seria necessário para sustentar o vidro, que é muito mais pesado. Além disso, a energia total necessária para a construção de um edifício de vidro em 200 vezes maior do que um edifício de ETFE, de acordo com a Vector Foiltec - a empresa anglo-alemã que forneceu 100.000 metros quadrados de ETFE folha para o centro aquático.

Os projetos futuros usando a folha de ETFE incluem além dos estádios desportivos, parques de lazer e uma floresta tropical indoor gigante da Amazônia a ser construído em Iowa. Porém, o uso em casas particulares não é provável. 

Alguns prêmios recebidos pelo Cubo d'água: 
  • 2008: NSW "Projeto do ano" prêmio do Instituto Australiano de Gestão de Projetos;
  • 2009: 40 anuais MacRobert Award, o maior prêmio do Reino Unido para a inovação de engenharia.
Acho que o futuro do vidro na construção civil não será tão promissor (hehe). Por fim, fica uma frase do arquiteto Lecuyer, que diz: "Pode parecer simples, mas a engenharia é muito sofisticada".






quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Maracanã: Volto já!

Domingo passado, 29 de agosto, marcou a despedida de um gigante. O estádio Mário Filho, vulgo Maracanã, fechou para obras visando o mundial de 2014 no Brasil. O maior estádio brasileiro, palco de grandes jogos e que recebeu sobre seu tapete verde craques da bola como Pelé, Garrincha, Falção, Romário e Ronaldo, deverá ser reaberto em 2013 para a realização da Copa das Confederações, que também será sediada em nosso país. 

O nome oficial do estádio, Mário Filho, foi dado em homenagem ao falecido jornalista carioca, irmão de Nelson Rodriguês, que se destacou no apoio à construção do Maracanã. As obras tiveram início em 2 de agosto de 1948 e apesar de ter sido inaugurado em 1950 (pois sua construção teve como objetivo a copa de 1950), só ficou concluído por completo em 1965.

A inauguração ocorreu no dia 16 de junho de 1950, com uma partida amistosa entre as seleções carioca e paulista, onde os paulistas venceram por 3x1 (Didi, jogador que atuava pela seleção carioca  balançou pela primeira vez a rede estádio). 



Maracanã tem capacidade atual para 82.238 expectadores, devidamente acomodados. Porém, o público recorde do estádio foi registrado na final do mundial de 50 entre Brasil x Uruguai onde compareceram 199.854 pessoas (Os uruguaios venceram por 2x1 e se tornaram bicampeões mundiais). Para 2014 a capacidade deverá ser reduzida para 76 mil expectadores, muito bem acomodados.

O Maracanã, que tem como um dos colaboradores do projeto arquitetônico o arquiteto Miguel Feldman, Já passou por duas grandes reformas. A primeira em 1999 para receber o Mundial Interclubes da FIFA em 2000 e outra em 2005 visando os jogos Pan-americanos onde realizou a abertura e fechamento do evento, além de algumas partidas de futebol. Agora o objetivo é a copa de 2014, onde será sede do estado do Rio de Janeiro e palco da final, e as Olímpiadas de 2016 que será realizada na cidade. Dessa vez a reforma abrangerá o complexo do Maracanã, que conta com o estádio, o ginásio (Maracanazinho) e área adjacente.

2010
                                        
2013