Dell

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Esqueletos são encontrados em obra no Recife

Parece história de filme, mas durante o processo de execução do Conjunto Habitacional do Pilar no bairro do Recife, arqueólogos da Fundação Seridó, contratados pela prefeitura da cidade, encontraram algumas sepulturas poucos metros abaixo do solo. No início o entusiasmo foi grande, afinal era um achado histórico importante, porém, mal sabiam eles que estavam sobre um possível cemitério do século XVI ou XVII.




A suspeita de que haja um cemitério é real devido à quantidade de ossadas encontradas, já são 14 esqueletos. “Pela postura dos esqueletos, eles foram enterrados em covas muito estreitas ou envoltos num manto, com o corpo comprimido. Como não há sinais de caixão, podem ter sido deixados diretamente no chão.” A utilização de mortalhas remete a um sepultamento judaico, diz o professor da UFPE, Sergio Monteiro.



“São esqueletos de pessoas jovens, a área dos enterros fica próxima de um local de grande concentração demográfica de judeus no século 17 e há a proximidade com Olinda, moradia de judeus e onde existiu uma fortaleza que abrigava soldados de origem judaica, nos Milagres.” Comenta Tânia Kaufman, antropóloga da UFPE e presidente do Arquivo Histórico Judaico.

E você, o que faria de fosse o engenheiro dessa obra? Talvez pareça meio assustador, mas o fato é que descobrindo o nosso passado, poderemos saber melhor quem somos.

Ps.: Tive a oportunidade de visitar a obra em janeiro, por intermédio da minha prima que é uma das arqueólogas da Fundação Seridó e foi uma experiência no mínimo interessante. Há uma entrevista dos arqueólogos feita pela SBT de Recife, caso queiram assistir, clique aqui.




quinta-feira, 14 de março de 2013

Concreto Translúcido

A cada dia o mercado da construção civil nos surpreende com suas novidades. Desta vez, o que me achou atenção foi a utilização do concreto translúcido, que vem ganhando mercado e que daqui a alguns anos pode ser uma tendência.

Criado em 2001, pelo arquiteto Húngaro Aron Losonczi e patenteado na Suécia, onde foi fundada a empresa no ano de 2004, como o nome de Litracon. O concreto translúcido, que também recebe o nome de Litracon é produzido com 95 a 96% de concreto e 4 a 5% de fibra ótica.

A incorporação da fibra ótica ao concreto resulta em um novo material com características de maleabilidade e impermeabilidade bem maiores que a do concreto tradicional, além é claro do aumento da resistência. Com isso, o Litracon seria mais resistente a rachaduras e infiltrações que o concreto tradicional. O vidro da fibra ótica incorporado ao concreto garante ao novo material luminosidade e transparência, deixando-o assim translúcido.


No Brasil, dois centros de pesquisa (um no Ceará e outro no Rio Grande do Sul) já conseguiram desenvolver o material. O objetivo é reduzir o custo do material para que sua utilização seja maior, haja vista que o preço ainda circula em torno de mil euros/m3, enquanto que no Brasil o concreto tradicional tem um custo médio de R$ 300/m3.

Em Estocolmo, cidade sueca, o concreto translúcido vem sendo utilizado em quebra-molas. Dentro de cada um deles foram colocados leds, que acendem ao escurecer e servem de alerta para os motoristas. Em canoas, Rio Grande do Sul, está em estudo a construção de uma cela experimental com o concreto translúcido dentro de um presídio modelo, que também está em construção. O intuito é iluminar as celas dos presos, sem a utilização de um interruptor, pois os presos quebram as lâmpadas a as usam como arma.


As vantagens da utilização desse material são enormes, tanto na questão de segurança (como nos casos de Estocolmo e Canoas), quanto na questão da estética e do conforto. Porém, ainda pesa a questão financeira, pois o material tem um custo muito elevado. No entanto, eu não tenho dúvida de que muito em breve seu preço diminua e ele possa ser visto com mais freqüência em grandes obras.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Marina Bay Sands

Criado para ser uma das maiores obras da engenharia contemporânea e inaugurado em junho de 2010, o Marina Bay Sands causa impacto deslumbramento à primeira vista. Projetado pelo arquiteto e urbanista israelense Moshe Safdie, está situado em Singapura, cidade-estado localizada no sul da Península Malaia, sudoeste da Ásia.



O complexo todo é uma obra grandiosa, dispõe de praças, centro de convenções, restaurantes, teatro, cassino (desenvolvido pela Las Vegas Sands), um belo museu no formato de flor de lótus e mais de 2.500 quartos. Porém, o que mais me impressionou nesse empreendimento foi, sem dúvida, o "SkyPark", uma espécie de terraço a céu aberto destinado ao lazer.

O SkyPark por si só já seria uma grande obra, haja vista que se trata de uma estrutura que liga as três torres do hotel. É aberto ao público e tem uma vista espetacular da cidade de Singapura, inclusive do circuito de Fórmula 1, onde é realizado o GP de Singapura. 



Porém, o mais fascinante do SkyPark é a piscina com vista infinita. É a maior piscina desse tipo no mundo, está a 191 metros de altura e possui cerca de 150 metros de extensão. A água que transborda em uma das bordas dá a sensação ao banhista de que a qualquer momento ele cairá.  




Esse é o Marina Bay Sands, a engenharia a disposição do luxo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Massa DunDun: A argamassa sem água

Boa tarde!

Começando hoje o primeiro post de 2013, voltando as atividades depois de um bom tempo sem escrever. Espero que esse ano eu possa me dedicar mais a este espaço que apesar do trabalho que dar, ter que pesquisar bons assuntos, é muito gratificante. Começaremos com o pé direito esse ano, falando sobre uma tendência que poder revolucionar em vários aspectos da construção civil.

É incrível a capacidade que a engenharia tem de desenvolver produtos cada vez mais eficientes, aumentando assim a produtividade. É claro que o objetivo de qualquer profissional é poder oferecer um produto de qualidade, gastando o menos possível para ter lucros cada vez maiores. Porém, isso não costuma ser um problema fácil de se resolver.

A engenharia civil agora dispõe de um produto que talvez muitas pessoas não imaginassem que seria possível, uma argamassa na qual a adição de água  é desnecessária. Parece até piada, mas é real. Já é possível no Brasil utilizar uma argamassa eficiente, segura e ecologicamente correta sem precisar adicionar água.

Massa DunDun é uma argamassa polimérica, criada pelo grupo FCC, que substitui de maneira eficaz a tradicional mistura de cimento, cal, areia e água. É vendida em sacos de 3kg, 5kg e 15kg e já vem pronta para o uso, podendo ser aplicada com pistola ou bisnaga, ou até mesmo direto da própria embalagem de 3kg. Ela funciona como uma cola para fixar tijolos, sua utilização é mais sustentável do que o método tradicional para a execução de alvenaria, haja vista que o produto reduz a produção de entulho, uso de água, cimento, cal e areia. Além disso, suja menos.

Massa DunDun sendo aplicada em um bloco cerâmico para a execução de uma alvenaria.

Algumas universidades conceituadas já estão estudando as propriedades da Massa DunDun, dentre elas duas das mais conceituadas no curso de Engenharia Civil no país, a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objetivo é comprovar a eficiência do produto. Segundo o fabricante, até agora todos os resultados mostram à superioridade da Massa DunDun quando comparada com a argamassa convencional. Além disso, estão sendo feitos outros estudos que vão além das exigências de mercado.

As vantagens são enormes e a tendência é que no futuro a exploração de cimento, cal e areia diminua para que o progresso exista de maneira mais sustentável. O Brasil já exporta estsa argamassa para outros países e espero que o uso desse produto seja difundido pelo mundo.

Para maiores informações clique aqui.