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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cimento Portland

Que o cimento é um dos produtos mais importantes da engenharia civil é um consenso geral, mas esse material tão conhecido entre os populares é formado por quais constituintes? Como é fabricado? Pode ser transportado de qualquer jeito? E o seu armazenamento, como é? Enfim, conheça um pouco mais desse aglomerante.


Então, vejamos primeiro o que é um aglomerante. Aglomerante ou ligante é um material formado pela aglutinação de outros materiais, chamados agregados. Em contato com a água forma uma pasta, a qual é moldável e maleáve, permitindo o fácil manuseamento do material. Ao juntar areia a essa pasta forma-se uma argamassa que depois de seca se torna rígida e resistente.

O Cimento Portland é obtido pela pulverização de clinker constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adições de certas substâncias que modificam suas propriedades e/ou facilitam seu emprego. Mais o que é clinker?

Clinker é um produto de natureza granulosa, resultante da calcinação (aquecimento de um composto até ele virar um pó) de uma mistura daqueles materiais, conduzida até o início de sua temperatura de fusão. É um dos principais itens na composição do Cimento Portland trazendo acentuada característica de ligante hidráulico e estando diretamente relacionado com a resistência mecânica do material após a hidratação.

Constituintes

O Cimento Portland é constituído fundamentalmente pela cal, a sílica, a alumina, o óxido de ferro, certa proporção de magnésia e uma pequena porcentagem de anidrido sulfúrico, que é adicionado após a calcinação para retardar o tempo de endurecimento do produto. Há ainda como constituintes menores, as impurezas, o óxido de sódio, o óxido de potássio, o óxido de titânio e outras substâncias de menor importância.

Fabricação

Quanto à fabricação desse material, acontece em instalações industriais de grande porte, localizadas junto às jazidas que se encontram em situação favorável para o transporte do produto acabado aos consumidores. Segue abaixo uma ilustração das etapas de fabricação.


No processo de fabricação do cimento Portland são usadas temperaturas muito altas e mesmo após o resfriamento e estocagem o produto é expedido com temperaturas de até 60ºC. Em função disso, não é ensacado em embalagens plásticas, mas de papel kraft que - se devidamente manuseadas - são adequadas para manter a qualidade do produto durante o prazo de validade.

Armazenamento

O cimento exige certo cuidado no seu armazenamento. É necessário evitar qualquer risco de hidratação, já que o cimento endurece em contato com a água. Os sacos de papel não garantem a impermeabilização necessária, razão pela qual não se deve armazenar cimento por muito tempo. Para armazenagem por curto espaço de tempo, pode-se cobrir as pilhas de sacos de cimento com lona, sendo elas colocadas sobre um estrado (tablado) de madeira covenientemente elevados do solo. Não se recomenda o armazenamento por mais de três meses.



Transporte

O transporte de cimento ensacado é uma tarefa que merece bastante cuidado. Isto porque, devido a sua própria natureza, o cimento reage facilmente com a água, mesmo que ela se apresente em forma de chuva ou de umidade ambiente. Por isso, e pelo fato do preço do saco contribuir de maneira considerável no custo é que se procede, sempre que possível, ao seu transporte a granel, feito sempre em reservatórios metálicos estanques (secos).

Quando o caminhão é estacionado na área de carregamento da fábrica, recebe uma inspeção onde são verificadas as condições da carroceria: se não está suja ou molhada, se não há algum material que possa danificar a sacaria, se não a furos no assoalho, se a lona é apropriada, além das condições e arrumação dos estrados, caso houver. Quando o transporte for feito por caminhão frigorífico, é fundamental que o interior do baú seja previamente seco e que receba ventilação, para evitar a concentração de umidade.





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pavegen

Seguindo na linha do ecologicamente correto e considerando a contínua busca por novas fontes de energia, surge um novo conceito para obtenção de energia limpa e renovável. Uma empresa inglesa chamada Pavegen Systems criou o Pavegen, uma espécie de piso de borracha que pode ser colocado em calçadas, boates, shoppings, etc.


Funciona da seguinte forma: a placa, feita de um material emborrachado, afunda cerca de cinco milímetros ao ser pisada e com esse movimento ela transforma energia cinética em eletricidade. Essa energia elétrica é então armazenada em uma bateria de lítio ou transferida para alguns objetos como postes, sinais ou letreiros eletrônicos. Um LED, que consome menos de 5% da capacidade do Pavegen, anuncia a geração de energia.




As novas calçadas já estão sendo testadas em Londres, Inglaterra.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cúpula de Houston

Acho que alguns de vocês já devem ter visto, ou pelo menos ouvido falar, em uma séria chamada Engenharia Extrema, apresentada pelo canal Discovery. Pois bem, essa série mostra alguns projetos grandiosos que podem se tornar realidade em um futuro breve.

Houston, quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos, pode ser cenário de uma das mais impressionantes obras da engenharia moderna. A construção de uma cúpula que cobrirá grande parte da cidade. Houston fica no segundo maior estado do país, o Texas, que está localizado no sudoeste dos Estados Unidos.


A cúpula gigante terá cerca de 460 metros de altura e 1600 metros de diâmetro. Ela será formada por placas de metal, no formato de um hexágono, e por um plástico conhecido como ETFE. O plástico, que servirá como uma lona, é muito resistente e suporta 80° de calor intenso.


A cidade de Houston, assim como o estado do Texas, é muita afetada por tempestades, furações e outras consequências do aquecimento global como o calor extremo. Grandes tempestades chegam a custar até 10 bilhões de dólares à cidade, além do gasto de energia em dias de calor intenso (aumento o uso de ar-condicionados). Houston consome anualmente mais energia que a cidade de Los Angeles.

A "cobertua" deixaria Houston, cidade onde está localizada a sede da Nasa, mais protegida dos efeitos climáticos. Por conta disso, engenheiros e cientistas norte americanos se uniram para desenvolver esse projeto.

Se esse projeto vai se tornar uma realidade ou não vai passar de um sonho visionário eu não sei, mas a engenharia, junto com outras profissões, busca a cada dia soluções viáveis para os problemas da sociedade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Gel Impermeabilizante


Boa tarde! Agora que as férias estão chegando ao fim me esforçarei para atualizar este blog toda semana,  com novos post às quintas-feiras. Assistindo semana passada ao NETV, tele jornal aqui do estado, uma reportagem me chamou atenção. O uso de um gel impermeabilizante para substituir as lonas que são utilizadas em morros, com o objetivo de minimizar os riscos de desabamento, como esses que aconteceram no estado do Rio de Janeiro e que acontecem todo ano em nosso país. O produto será aplicado nas principais áreas de risco da região metropolitana do Recife. Nessa terça-feira, 1 de fevereiro de 2011, começou a aplicação do gel na cidade de Jaboatão dos Guararapes e o primeiro lugar a receber foi a comunidade de Santo Aleixo. Mas será que o gel funciona mesmo? E onde é fabricado? É mais eficaz que as lonas? 

O gel é fabricado à base de bio-óleo vegetal e polímero acrílico, tem a coloração da cal e é importado dos Estados Unidos. É muito mais ecológico, sem falar que as lonas podem servir de esconderijo para alguns animais. Ele cria uma camada semelhante a uma resina transparente, fazendo com que a água deslize encosta abaixo, evitando o encharque do solo e consequentemente diminuindo os riscos de deslizamentos.


Aplicação do gel na comunidade de Santo Aleixo.
Essa técnica começou a ser utilizar aqui em Recife em 2007, no bairro do Vasco da Gama, Zona Norte da cidade. Porém, naquela época o produto estava apenas em fase de testes e por isso não teve sequência à sua aplicação nas demais áreas de risco da cidade. O produto volta a ser testado esse ano, começando pelo bairro do Ibura e com o projeto de ser aplicado em vários pontos de risco da região metropolitana do Recife (são cerca de três mil áreas em risco, segundo a Codecir). Essa medida está sendo chamada de Operação Inverno e tem como objetivo principal minimizar as consequências causadas pelas fortes chuvas desta estação.



"No Vasco da Gama foi só uma demonstração. Não houve reaplicação. Apesar disso, os resultados foram positivos. Mas não podemos ter certeza de que foi exclusivamente por causa do produto. No Ibura, vamos monitorar a área para testar o produto que está sendo utilizado. Desta vez, vamos garantir o reforço para, depois disso, avaliar o funcionamento. Estamos ampliando essa experiência para ver se podemos utilizá-lo daqui pra frente numa maior abrangência", afirmou Almir Schvartz, secretário de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras da Prefeitura do Recife. Segundo ele, as principais vantagens do polímero em relação à lona é que ele dura mais, cerca de cinco anos, e não serve de esconderijo para escorpiões, baratas e roedores. A vida útil da lona não costuma chegar a um ano e os custos são semelhantes. Veja abaixo à entrevista do secretário Schvartz:



O gel impermeabilizante tem uma vida útil de cinco anos, mas precisa ser reaplicado anualmente, em quantidade equivalente a 20% do volume inicial e sua secagem completa leva em média oito horas. De acordo com o representante da Projeção Construções, Empreendimentos e Comércio LTDA, Jefferson Lima - que segundo a prefeitura do Recife é a empresa que está negociando o gel com o poder municipal - o mesmo produto, da marca norte americana Etack Environmental Solutions, chegou a ser utilizado pelo Exército dos Estados Unidos, durante as guerras do Iraque e do Afeganistão, na areia de um deserto para reter a poeira e criar pistas emergenciais para pouso de aeronaves.



Espero que essa iniciativa da Prefeitura do Recife inspire mais pessoas do poder público a buscar novas formas eficazes, econômicas e ecologicamente corretas de resolver esse problema de deslizamento de encostas, que afeta todo o país. Fica minha humilde contribuição.