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sábado, 2 de outubro de 2010

Amianto

Bom, antes de mais nada queria me desculpar por passar tanto tempo sem postar. É que tive algumas provas da faculdade nesses últimos 15 dias e não consegui conciliar. Desculpas devidamente registrada, vamos ao que interessa. O amianto.

Acho que muita gente já deve ter pelo menos ouvido falar nesse material, já que está na moda (no Brasil) dizer que algum produto não contém amianto. Mas o que é amianto? Por quê alguns produtos estão sendo feitos sem amianto? A resposta será dada neste post.

Também conhecido como asbesto, o amianto é uma fibra mineral metálica encontrada com considerável facilidade na natureza e com propriedades físicas e químicas bem requisitadas nos dias de hoje, como a alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, fácil de ser tecida, etc.


É extraído basicamente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5% a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial. Está presente na natureza em duas formas: Serpentinas (amianto branco) e anfibólios (amianto marrom, azul e outros), sendo as serpentinas correspondente a mais 95%  de todas as rochas de amianto do planeta. Já foi considerada a seda natural, já que vendo sendo utilizado desde os primórdios da civilização para reforçar utensílios cerâmicos.

Com a chegada da revolução industrial no século XIX, o amianto foi à matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos, atingindo seu apogeu nos esforços das primeira e segunda guerra mundiais. Daí em diante, as epidemias de adoecimentos e vítimas fatais levaram o mundo moderno ao conhecimento e reconhecimento de um dos males industriais do século XX, passando a ser considera como a "poeira assassina".

Os grandes produtores mundiais tentaram tentaram atribuir todo mal desta matéria-prima ao tipo dos anfibólios, menos de 5% de todo amianto minerado no mundo, e salvar este negócio lucrativo, atribuindo à crisotila (amianto branco) propriedades benéficas. Hoje a polêmica do bom e mau amianto já está praticamente superada em todo o mundo, e as empresas agora tendem diminuir ou excluir o amianto da composição de seus produtos.

O Canadá, segundo maior produtos mundial de amianto, é o maior produtor exportador, mas consome muito pouco (menos de 3% da sua produção).  O Brasil está entre os cinco maiores produtores do mundo e é também um grande importador, havendo por isto um grande interesse científico a nível de mundial sobre nossa situação, quando praticamente todos os países europeus já proibiram o seu uso. Este quadro inicial indica uma diferença na produção e consumo do amianto entre os países do Norte e do Sul, em especial, O Brasil, explicada pelo fato de que o amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena e que os cidadãos do Norte já não aceitam mais se expor a este risco conhecido. O amianto é um exemplo de como os países desenvolvidos transferem a produção para a população que desconhece os efeitos nocivos deste material, ou seja, para países em desenvolvimento.

A maior mina de amianto em exploração no Brasil situa-se no
município de Minaçu - GO e atualmente é administrada pela
empresa Eternit S/A.

             Thetford Mines - Canadá

No Brasil, o amianto tem sido empregado em milhares de produtos, principalmente na indústria da construção civil (telhas, caixas d'água, pisos, tintas, etc) e em outros setores e produtos como revestimento de discos de embreagem, pastilhas, tecidos, dentre outras coisas.


Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença cronica pulmonar), câncer de pulmão, câncer gastrointestinal e o mesotelioma, além de várias outras. A maioria dessas doenças não foi caracterizada como ocasionada pela exposição ao amianto no Brasil. Menos de uma centena de casos estão citados em toda a literatura médica nacional do século XX, sendo este um dos mecanismos que tornam estas patologias invisíveis aos olhos da sociedade, fazendo-a crer que a situação brasileira é diferente dos demais países, levando com isto a um protelamento de decisões políticas, entre as quais o seu banimento ou proibição.








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